Especialistas da Capgemini Brasil analisam as principais novidades do evento e apontam caminhos para o setor financeiro aprimorar os negócios.
Neste ano, o Febraban Tech mostrou mais uma vez grandes novidades, tendências e novos caminhos para o setor financeiro. Foram três dias intensos de aprendizados e encontros produtivos em que as principais lideranças da área de tecnologia bancária, startups e fintechs mergulharam em temas como bioeconomia, sociedade digital, ESG, Open Finance, PIX, Inteligência Artificial Generativa, cloud, tokenização, criptoeconomia, cross industry, computação quântica, mudanças no cenário regulatório, entre outros.
O time do Centro de Excelência (CoE) da Capgemini Brasil acompanhou de perto as principais discussões do evento, em palestras e encontros com parceiros e clientes – inclusive no Lounge da Capgemini, espaço montado especialmente para apresentar tendências, estudos e demonstração de soluções em Open Finance, Inteligência Artificial Generativa, DeFi e ESG. Com base nisso, os especialistas levantaram insights e análises com forte potencial para entrar nas agendas dos executivos do setor financeiro e segurador.
Dentre as tendências observadas no evento, Jamile Leão, líder para Soluções de Open Finance na Capgemini Brasil, destaca a Inteligência Artificial Generativa. “Os porquês são muitos, mas o principal é que ela potencializa diversas outras iniciativas, além de acrescentar uma camada de verniz para a tecnologia”.
Daniela Dutra, líder de soluções para bancos na Capgemini Brasil, concorda e, além da Inteligência Artificial Generativa, destaca a computação quântica. “Essas capacidades vão habilitar um novo patamar de eficiência no uso da tecnologia, desde resolver questões do cliente final, passando por aplicações no backoffice operacional até o desenvolvimento de sistemas”, afirma.
Segundo ela, a adoção dessas soluções pode impulsar de forma extremamente rápida e evolução dos negócios, como soluções financeiras integradas que envolvem outros segmentos como, varejo, telecom, saúde e utilities. “Vários setores e fintechs estão investindo e apostando em soluções inovadoras, tendo como trunfo a grande base de clientes que esses mercados possuem, integrando assim todas as jornadas com serviços financeiros”, analisa Daniela.
A Inteligência Artificial Generativa e a computação quântica podem também apoiar a sustentabilidade aplicada aos produtos e serviços. “Os valores ESG são inegociáveis e a própria sociedade está exigindo isso dos grandes players como forma de manter o equilíbrio da bioeconomia”, destacou a executiva. Na prática, diz, isso significa investimento em setores que geram impacto socioambiental positivo; carteira de crédito sustentável com adoção de tecnologias que possam democratizar o acesso de segmentos da sociedade ainda não atendidos; e estratégia para atingir as metas de descarbonização com uso de tecnologia para o rastreio do próprio do banco e de seu ecossistema.
Finanças Descentralizadas é outro tema que ganha relevância e por isso teve destaque no Febraban Tech 2023, com discussões sobre CDBC, tokenização e criptoeconomia, por exemplo.
“O Real Digital está aí e, com a sua chegada, alinhado ao crescente movimento da tokenização e amadurecimento das bases regulatórias, é necessário elevar o nível da conversa sobre ativos digitais dentro das instituições. Quando a tecnologia e o negócio se encontram é necessário redesenhar os frameworks e ficar atento aos caminhos de integração, que são sempre complexos até que realmente as coisas convirjam no produto”, ressalta Fulvio Xavier, líder de soluções para digital assets & blockchain na Capgemini Brasil.
Na avaliação do executivo, esses novos instrumentos requerem uma visão mais ampla sobre o papel das carteiras digitais multiativos para que se tornem, de fato, pontes para os usuários e garantam a importância das instituições no ecossistema, trazendo solidez e segurança aos processos.
Pontos da atenção.
Diante de tantas novidades e demandas, para onde direcionar energia e recursos?
“Estamos num momento de inúmeros ‘movimentos emergentes’, como chamou o relatório de tecnologia bancária da Febraban, com um acelerado dinamismo dos mercados e muitas novidades tecnológicas surgindo. Este ano de 2023 está sendo especialmente intenso em termos de inovação. Com essa velocidade, é tentador buscar acompanhar o ritmo e acabar perdendo o foco. Por isso, nossa recomendação é: em primeiro lugar, pense no negócio!”, disse Jamile Leão.
De acordo com ela, antes de investir, testar e desenvolver qualquer nova tecnologia é preciso responder à pergunta: “Como vamos ganhar dinheiro com isso?”.
Para Daniela Dutra, é importante se preparar para um mundo de ecossistemas abertos. “É preciso fazer a estruturação de seu stack tecnológico para que ele seja capaz de se conectar com outros componentes do ecossistema. Você pode optar uma estratégia de modernização completa ou acelerar sua atuação através de módulos de mercado, utilizando um caso de uso para pilotar o modelo, como, por exemplo, originação de crédito”, afirma.
Em relação a CBDC e Ativos Digitais, Fulvio Xavier chama a atenção para o seguinte ponto: “Os bancos precisam colocar os ativos digitais na linha de frente, já se preparando para todo o arcabouço técnico e regulatório necessários para a construção desses novos produtos. Os profissionais desta frente precisam de formação e atenção para uma integração o mais suave possível entre os modelos centralizados e descentralizados”.
A Capgemini participou de mais uma edição do Febraban Tech com a missão de compartilhar conhecimentos, aprender sobre o futuro da tecnologia e, principalmente, colaborar com soluções para atender às demandas de negócios do ecossistema financeiro. Agora é a hora de trabalhar na sua estratégia de negócios e estamos aqui para ajudá-lo. Agradecemos por nos acompanhar nesses Hot Topics e continuamos conectados até o próximo evento.