Estudo tem o objetivo de mapear e registrar o desenvolvimento de iniciativas locais para ajudar a fomentar o crescimento sustentável desse ecossistema de negócios
O Open Finance já começou a moldar o futuro do setor financeiro. Com os avanços conquistados até o momento, como as instituições podem fomentar o crescimento sustentável desse ecossistema de negócios?
A evolução do Open Finance foi destaque no Lounge da Capgemini, espaço montado pela companhia na Febraban Tech 2023 para apresentar conteúdos, promover networking e experiências tecnológicas aos participantes do evento.
O “1º Índice de Maturidade de Open Finance Brasil” foi realizado pela equipe da Capgemini Brasil e contou com uma análise aprofundada de um comitê de 16 executivos e especialistas da indústria financeira, academia e associações. O estudo considerou tanto o ponto de vista das empresas, como dos consumidores. Foram realizadas entrevistas com 24 executivos participantes do ecossistema, além de pesquisas quantitativas com 205 empresas que já possuem iniciativas de Open Finance e 882 consumidores finais bancarizados, com idade acima de 18 anos.
“O estudo traz uma visão do mercado brasileiro, feita por brasileiros, com apoio de todo o ecossistema de Open Finance”, disse Jamile Leão, líder para Soluções de Open Finance da Capgemini Brasil durante a divulgação da pesquisa na Febraban Tech.
De acordo com o estudo, o índice de maturidade do Open Finance no Brasil é de 6,43%. “Ainda é uma maturidade baixa, mas temos que considerar que o Open Finance tem apenas dois anos e as empresas ainda estão focadas em atender às questões regulatórias. Em outras experiências pelo mundo, como na Europa, esse modelo já existe há mais de dez anos”, comentou Jamile.
A principal dor dos executivos nesse assunto diz respeito à cibersegurança, que está relacionada aos aspectos técnicos e regulatórios, que ainda estão em desenvolvimento no país. Para Jamile, embora as empresas invistam em segurança, é preciso deixar isso cada vez mais claro para o cliente, que se preocupa como seus dados serão utilizados.
Do ponto de vista do cliente final, a pesquisa detectou que 65% conhecem sobre o tema, mas apenas 37% dos entrevistados afirmam ter aderido ao Open Finance. E o que eles querem em troca do consentimento? “Crédito. Se os bancos começarem pelo básico, oferecendo crédito, com certeza vão conquistar o coração dos clientes”, afirmou Jamile. O estudo mostra ainda um alto índice de confiança do brasileiro nos bancos tradicionais: 74% dos consumidores compartilhariam seus dados com essas instituições.
Além da pesquisa, a Capgemini disponibiliza uma ferramenta para as empresas medirem o seu índice de maturidade em relação ao mercado, com base em uma metodologia de 7 perguntas – a mesma usada para compor o índice nacional. No Lounge da Capgemini na Febraban Tech, os participantes puderam experimentar essa ferramenta.
Destaques do estudo
Empresas: índice de maturidade 6,43%
- 53% das empresas afirmar ter metas de desempenho voltadas para os impactos do Open Finance
- 70% dedicam áreas ou pessoas aos temas relacionados ao Open Finance
- 26% já rentabilizam com soluções lançadas em Open Banking
- 37% das empresas utilizam dados para gestão de clientes
Consumidores bancarizados: índice de maturidade 5,34%
- 67% dos entrevistados já ouviram falar de Open Banking e 65% de Open Finance (24% nunca ouviu falar de nenhum dos conceitos)
- 37% declaram que já autorizaram que algum banco/carteira digital acessasse informações de outras instituições nas quais possuem conta.
Clique aqui e conheça os resultados completos do “1º Índice de Maturidade de Open Finance Brasil”, feito pela Capgemini Brasil.
O estudo “índice de Maturidade do Open Finance no Brasil” foi realizada com o apoio AWS.