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As 5 principais tendências do varejo em 2023

18 jan. 2023
Logotipo da marca

Tecnologia com toque humano, economia sustentável e busca por valores são algumas tendências de consumo trazidas por Michelle Evans, da Euromonitor

A evolução da tecnologia, as pressões ambientais e a ampliação do poder de compra dos jovens são alguns dos fatores que vão impactar o varejo em 2023, conforme mostra o relatório de tendências de consumo apresentado em primeira mão na NRF 2023 pela Euromonitor. 

Os dados foram comentados por Michelle Evans, líder global de Insights de Varejo e Consumidores Digitais na empresa. Confira, a seguir, as 5 tendências nas quais, segundo ela, os varejistas devem ficar de olho neste ano:

1 – Tecnologia com toque humano

O uso da tecnologia tende a seguir em alta no varejo, afirma Michelle Evans. Hoje, 80% dos consumidores de até 29 anos de idade se dizem acostumados a lidar com robôs em momentos de consumo, como para indicar produtos específicos no corredor de uma loja ou para fazer o check-in no hotel, por exemplo. 

Segundo o estudo da Euromonitor, 55% dos varejistas planejam investir em Inteligência Artificial neste ano; 42%, em Realidade Aumentada ou Virtual; e 38%, em robótica e automação.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia resulta em conveniência e agilidade, o poder das conexões emocionais não pode ser ignorado. A tecnologia tem de ter um “toque humano”, afirma Michelle Evans. “É preciso analisar quais áreas podem ser automatizadas para que isso tenha efeito prático na vida das pessoas.”

Ela citou o exemplo da Clockwork, que instalou máquinas para pintar unhas de clientes em lojas da Target nos Estados Unidos. A consumidora escolhe a cor, coloca um dedo de cada vez no equipamento e, em 10 minutos, está com as unhas pintadas, por US$ 10.

Apesar de toda a facilidade, um atendente fica sempre por perto para garantir que o serviço saia de acordo com o esperado pelo cliente ou ajudá-lo a tirar dúvidas. A Clockwork oferece, assim, um misto de atendimento via máquina e ser humano.

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2 – Preocupação com o bolso

A inflação alta tem impactado no custo de vida no mundo todo. Por isso, os consumidores estão mais preocupados do que nunca com o orçamento familiar.

De acordo com os dados da Euromonitor, 25% dos consumidores pretendem reduzir os gastos em 2023. A estratégia usada por 21% será a busca por produtos de marca própria, que são mais baratos. E as lojas de desconto, como os atacarejos brasileiros, estão na mira de 31% dos consumidores. O sucesso acelerado desse modelo de negócio tem expandido fronteiras, como é o caso do Atacadão, do Grupo Carrefour, que deve abrir sua primeira unidade na França em 2023.

Entre marcas que estão crescendo no gosto do consumidor, a especialista cita a Bundlee, do Reino Unido, que tem um serviço de aluguel de roupas para bebês de 0 a 4 meses. Os pais podem fazer assinaturas a partir de £ 25 por mês (cerca de US$ 30) e renovar o guarda-roupa da criança à medida que ela vai crescendo. Há até peças assinadas pela estilista Stella McCartney.

“Nossa pesquisa mostra que 55% dos varejistas planejam aumentar preços de produtos e serviços neste ano por causa da inflação. Assim, é interessante analisar parcerias para oferecer artigos de luxo a preços mais acessíveis, por exemplo. Outra tendência é dar ao consumidor novas opções de pagamento, como o ‘buy now, pay later‘”, cita Michelle Evans, referindo-se ao financiamento de curto prazo que começa a se popularizar nos Estados Unidos – e é velho conhecido do brasileiro.

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3 – Economia sustentável

Sustentabilidade continua no radar do consumidor na hora de ir às compras. Isso significa que muitos deles vão comprar menos não só por causa do preço elevado, mas porque querem poupar o planeta, produzindo menos lixo.

Os dados da Euromonitor mostram que 45% dos varejistas planejam investir em iniciativas sustentáveis nos próximos 5 anos e veem essa ação como estratégia relevante para o negócio. As empresas querem oferecer soluções para reduzir o gasto dos consumidores e estimular a economia circular e a revenda.

Michelle Evans cita uma iniciativa da Nike como um exemplo claro de como isso pode ser feito. Uma loja da marca em Londres, no Reino Unido, tem um robô que limpa tênis usados. A ideia é ajudar o consumidor a aumentar a vida útil do produto, evitando novos gastos em comprar um novo produto.

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4 – Rotinas revividas

Depois de ficarem isolados por muito tempo por causa da pandemia, os consumidores estão entusiasmados para sair mais de casa. De acordo com os dados da Euromonitor, 39% dos consumidores digitais dizem que querem aumentar as atividades diárias nos próximos 5 anos.

A dica da especialista é de que as empresas pensem em como fazer parte dessa retomada. A volta ao convívio social tende a beneficiar os setores de serviços, entretenimento e lazer, se refletindo também em mais compras de produtos de moda, beleza, alimentos e bebidas.

O Walmart e a varejista britânica Space NK aproveitaram essa oportunidade, se unindo para levar produtos de beleza a quase 250 supermercados. Em espaços chamados de “Beauty Space”, as empresas vendem produtos de beleza, alguns de marcas de luxo, para os clientes.

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5 – Jovens e disruptivos

Os jovens da geração Z, nascidos entre meados dos anos 1990 até o início do ano de 2010, agora são parte importante do mercado de consumo mundial. “Esses jovens que nasceram na era digital, já são 25% da população e a tecnologia é parte do DNA deles. Eles se expressam e se informam pelas redes sociais e confiam muito nas revisões que outras pessoas fazem de compras feitas pela internet”, destaca Michelle Evans.

Para atender a esse consumidor, é fundamental conhecê-los. Eles são expressivos, assumem o controle das coisas e estão tomando decisões financeiras em casa. Têm convicções fortes e gastam com empresas que pensam como eles. Também querem manter um engajamento autêntico com as marcas.

“Segundo nosso estudo, 30% dos jovens tomam decisões com base na postura política e social das empresas e 24% vão boicotar marcas que não compartilham dos mesmos valores que eles.”

A especialista citou o exemplo de uma marca que tem encontrado boas formas de se engajar com esses jovens. A Puma fez um movimento de conscientização sobre saúde mental para seus colaboradores e clientes. Realizou, ainda, uma parceria com o projeto Trevor, que apoia o público LGBTQIA+, no lançamento de um tênis colaborativo. Todo o lucro obtido na venda do produto é revertido para o projeto.

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A Capgemini pode ajudar a sua empresa a lidar com essas questões de maneira estratégica a fim de reduzir a distância entre a operação física e digital nesse momento de evolução do varejo rumo ao futuro. Vamos juntos nessa jornada?

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