Varejo de valor puxa o crescimento do setor nos EUA e no Brasil

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Marcos Gouvêa, fundador e CEO da Gouvêa Ecosystem, apresenta dados e faz uma análise comparativa entre os mercados norte-americano e brasileiro.

– Escrito por Mercado&ConsumoLabs

Após dias de imersão no berço das tecnologias e tendências do varejo, durante a NRF Retail ‘s Big Show 2023, em Nova York, é hora de entender e condensar tudo o que foi visto, ouvido e discutido, e conectar com o atual momento no Brasil. Em uma análise feita para os líderes das principais empresas do setor, no Retail Executive Summit, Marcos Gouvêa de Souza, fundador e CEO da Gouvêa Ecosystem, apresentou dados comparando a evolução dos dois mercados e os caminhos para os empresários brasileiros.

Em um estudo comparativo entre 2000 e 2022, com dados do Censo Bureau, a evolução das vendas no varejo geral norte-americano passou de uma base de 100 para 256. Nesse período, o setor de duráveis ficou estagnado a maior parte do tempo, com uma leve recuperação após a pandemia de covid-19, chegando a uma base de 129. Já as lojas de departamento tiveram o pior desempenho entre todos os setores, com uma forte queda de 41% entre 2020 e 2022.

Mas o que chamou a atenção, segundo Gouvêa, foi o forte crescimento do setor de clubes de atacado, o correspondente aos nossos atacarejos, com evolução de 100 para 427.

“Esse setor teve um crescimento explosivo e isso é uma sinalização de que não podemos perder de vista o crescimento do chamado varejo de valor, aquele em que o consumidor está bastante informado, analisa tudo e decide onde e o que comprar. O varejo de valor está puxando a expansão do setor nos Estados Unidos e também no Brasil”, disse Gouvêa.

Duas realidades

Se comparado com o mercado norte-americano nesse período, o varejo brasileiro teve uma evolução bem mais tímida, descontada a inflação. Enquanto o setor como um todo passou de uma base de 100 para 256 nos Estados Unidos; no Brasil, a evolução real foi de 100 para 196.

Gouvêa faz um alerta, porém: “Os dados do varejo norte-americano não são deflacionados. Então, nesses últimos anos, em que eles tiveram um período de inflação maior, o mercado teve artificialmente um crescimento”, destaca.

Explosão do e-commerce

Destaque nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia, o e-commerce já vem forte nos Estados Unidos há tempos. Em 2020, por exemplo, as vendas somaram US$ 232,2 bilhões, segundo dados da Statista e do Ebit. Em 2022, o setor faturou US$ 904,9 bilhões, um aumento de 289,7%.

Embora o e-commerce no Brasil ainda esteja muito aquém disso, o crescimento do setor no Brasil foi superior ao do mercado norte-americano no período da pandemia, passando de US$ 11,5 bilhões para US$ 37,9 bilhões entre 2019 e 2022, considerando uma taxa de câmbio de R$ 5,30, o que representa um crescimento de 229,5%.

No mesmo período, o e-commerce nos Estados Unidos teve um crescimento de 63,9%, de US$ 552,1 bilhões para US$ 904,9 bilhões.

“As diferenças são significativas, mas se compararmos o crescimento relativo no e-commerce no Brasil entre 2019, antes da pandemia, e 2022, ele é significativamente maior do que o que aconteceu na realidade norte-americana”, finalizou Gouvêa. 

Crédito imagem: André Ribeiro/Divulgação

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